segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Historinhas de viagem 2

Estou pasando 5 dias em Milão, recarregando as energias perdidas na primeira parte da viagem pelo Reino Unido para poder enfrentar a loucura que vai ser Berlim-Praga-Viena-Budapeste em 5 dias. A casa onde eu estou hospedado, moradia da minha querida amiga Fabiana, não fica exatamente no centro de Milão, mas sim em uma cidadezinha perto chamada Melegnano, ou seja, daqui até a Duomo (centro) preciso pegar um bus e um metrô... Nada demais, mas impossível de ir a pé.
Ontem passei o dia passeando pelo centro de Milão com um casal de amigos que não via desde que saí do Brasil e o no fim da tarde decidimos entrar em um café pra ficar batendo papo. Papo vai, papo vem, pá, 22:30 da noite!
O metrô funcionaria até mais tarde, mas infelizmente o ônibus não seguiria o mesmo caminho... Meu celular estava com a bateria no 1%, não tava conseguindo falar com a Fabiana e descobri que eu não tinha o endereço da casa (nem sabia chegar, já que sempre andava a dormir quando estávamos de carro)
Cheguei na estação que tinha que descer, procurei por potenciais caronas no entorno (mas fui trollado pelo meu visual mendigo com barba, cabelo grande e casaco 2 vezes maior do que eu, maldita vida de mochileiro...), e acabei conseguindo o número de um taxi. Nos últimos momentos do celular consegui avisar por facebook a minha anfitriã que eu estava bem e a caminho, mas não quis que ela viesse me buscar pois já estava tarde, ela trabalharia no dia seguinte e eu já estava abusando da boa vontade dela!
Chamei um taxi, que, logo que eu entrei mandou um clássico "My english is small", e pedi com sinais e com o portuliano "IL CENTRO DI MELEGNANO!!!" (italiano é só colocar o IL na frente...) para o cara me largar no centro da cidadezinha. Depois de 27 euros (e um caminho que eu tenho certeza que não é o que a Fabiana sempre toma pra estação...), o cara me largou em um centro de Melegnano sem uma alma penada (o que era até bom, porque eu ia perguntar o que pra uma pessoa? se a pessoa viu um prédio com portas e janelas?), e eu nao sabia qual das quatro direçôes eu tomava.
Parti do seguinte princípio: a cidade é pequena. se eu andar por ela, ALGUMA HORA vou encontrar a casa! Comecei a andar pelas ruas, escolhendo aleatoriamente o caminho (esquerda, direita, direita, esquerda, direita...). Como qualquer um pode imaginar ao olhar o mapa abaixo, essa estratégia poderia durar "algumas horas", certo?


ERRADO!

Em menos de 15 minutos, estava eu atravessando a soleira da porta. Foi como se eu soubesse o caminho o tempo todo pois, aleatoriamente, tomei o melhor trajeto possível que alguém a pé (note que até aí estava sempre de carro!) deveria tomar para chegar ao lugar!

Cheguei mais uma vez à seguinte conclusão: eu sempre dou azar no meio, mas sempre dou sorte no final!

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