domingo, 22 de janeiro de 2012

Oktoberfest, Parte 1: O ALBERGUE

Retomando a história rumo ao Oktober, vindo dessa história aqui:

Essa é uma das histórias que eu mais gosto desde que eu cheguei aqui. Não pretendo explicar como é iradíssimo o Oktoberfest, com as suas canecas de cervejas de 1 Litro e as alemães de dirndl (vestidinho curto, típico e que valoriza o "derrière" alemão...). Isso todos sabem, e ano após ano milhares de pessoas descrevem as mesmas coisas.



A minha ideia é contar uma das coisas mais inusitadas que aconteceram aqui na Alemanha. Vamos ao conto:

Chegamos um pouco tarde a Munique naquela sexta-feira. Fomos direto no "albergue", deixamos a mochila e fomos conferir nossas instalações. A palavra "instalações" se adéqua perfeitamente à situação, pois o nosso albergue era "low cost", mas MUITO "LOW COST".

Quando compramos sabíamos que seria trash. Era o ÚNICO dentro de Munique que tinha vaga para nós 4, mais o Fittipaldi que vinha da França. O nome era "HOSTIVAL: O Hostel que segue os festivais por toda a Europa." Sim, ele era um albergue móvel... Não haviam construções ou edifícios, mas sim literalmente um acampamento, com várias tendas, cada qual com 5 beliches, algumas tomadas e só. Os banheiros eram em trailers e a recepção era uma tenda de circo na entrada de uma fábrica abandonada. Fotos abaixo:

"instalações"
corredor do albergue
banheiro 
cada quarto tinha um nome de ala de hospital

instalações 2


Depois que confirmamos nossas expectativas sobre o albergue, deixamos as bolsas e partimos para a festa, umas 14 horas já, horário tarde para ir pras tendas. Não conseguimos entrar de primeira, e ao fazer uma hora do lado de fora, encontramos a galera da minha faculdade, que eu já estava com saudades, e que também estava obviamente cambaleante porque tinha chegado cedo (várias declarações de amor, um momento lindo). Eu, Fernando, Júlia e Vito decidimos abandonar a galera pra tentar recuperar o tempo perdido, e nos esgueiramos pra uma das tendas. Pra resumir essa parte, achamos uma mesa cheio de gringos, nos enturmamos, competimos pra ver quem bebia mais rápido (eu perdi humilhantemente para a Juju - eu e todos os alemães que competiram, essa garota tem o capeta com sede no corpo!), ficamos impecavelmente bêbados e, se você perguntar a qualquer um dos 4, fomos teletransportados para nossas camas. Acordei umas 3 horas da manhã, perguntando o que diabos tinha acontecido e onde eu estava, e vi que estava no quarto. Temi pelo meu celular, que fui encontrar pendurado na parede (a tomada era uma extensão que saia do teto...), e conversei um pouco com a Júlia, que havia acordado também nessa hora e não estava com cara de muitas respostas. Vimos que tinha ainda no quarto 2 mochileiros, e um amontoado de edredons em uma cama.

O que aconteceu aqui?
Confirmamos carteiras e celulares de todos, tentamos ainda lembrar de algo, e localizar o meu chapéu (que já é outra história...) mas desistimos e fomos deitar. Entretanto, assim que todos se acomodam, comecei a ouvir um barulho estranho vindo do amontoado de edredons que eu tinha visto anteriormente. Mais ou menos uns gemidos femininos... Como a minha cama tinha uma vista boa da anteriormente mencionada, virei de lado e espiei o que eu intimamente já esperava. Ou ali embaixo daquele edredon era o menor terreiro de macumba do mundo, ou tava rolando uma sacanagem braba lá! O problema é que em alguns minutos a sacanagem embaixo do edredon virou um alto e indiscreto ato sexual! O cara até claramente tentava tampar a boca da senhorita, mas ela não estava ligando muito pra platéia...

"Edredon é?"
Olhei para o lado e vi que o Vito observava a cena com uma cara que provavelmente retratava a minha ("É isso mesmo que eu to vendo?"). No começo havia pelo menos discrição visual (o áudio já não era tão controlado), ou seja, só os pés ficavam pra fora, mexendo com o imaginário dos telespectadores, que não conseguiam entender a logica de qual pé pertencia a quem... Conforme ia aumentando o volume, pedaços de corpos desnudos iam aparecendo aos poucos, como que convidando os companheiros de quarto a participar da farra.


Chegamos em uma situação onde a tenda toda balançava ritmicamente, com os sons de sucção, fricção e certa "gemeção" preenchendo os espaços não mobilhados do cômodo. A descrição da Júlia, que estava na cama do beliche acima do Vito, é impagável:

"Logo depois de deitar, estava quase cochilando quando senti a cama tremer. Estava ouvindo música, portanto não me liguei nos sons em um primeiro momento, então pensei que o Vito estava dando aquela aliviada na cama de baixo. Fiquei 2 minutos pensando "QUE NOJO" até começar a ouvir e, em seguida, observar o ato libidinoso que acontecia no quarto. Pobre Vito, levou a culpa..."


Me considero uma pessoa sem frescura nenhuma. "Descolado" (nossa...). Mas descobri o meu limite: tentar dormir em uma tenda congelante, com um casalzinho fazendo sexo animal e barulhento a 3 metros de mim. E pra terminar, preciso prestar meu respeito ao rapazote: QUASE 3 HORAS DE AMOR! Como disse a Júlia, me sinto parte dessa conquista. Afinal todos mexemos com eles né...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Historinhas de viagem 5

Desde que eu comecei das viagem d im de ano eu encontrei muita pessoas queridas: Julia, Fi, Gabriel, Fernanda, Valéria (que me roubou um dia de Londres, safada!), Fabiana, Biel, Catarina (casal de super amigos que encontrei em Milão mas nao citei o nome...)... Mas um merece uma citação especial: não por ser mais querido do que os outros (ou menos) ou por ser o mais bonito (ou, mais provavelmente, o menos...): Thiago Carnavale.
Conheci esse manolo trabalhando nos EUA há uns 2 anos, quando trabalhamos juntos num Dunkin Donuts, e servimos sem querer vários cafés turbinados pras velhinhas que pediam descafeinado e ficavam a noite inteira quicando pela casa...
De volta ao Brasil, fomos em alguns jogos do fluzao juntos e mantivemos contato, até durante a minha vinda pra Alemanha, quando ele comentou que queria fazer uma viagem pela Europa e que devíamos encontrar. Botei pilha, mas nao levei muita fé pois se cada um que falasse que vem me visitar viesse de verdade, eu abriria um pensão...
Entretanto, chegando perto do fim di ano, ele animou de verdade e me convenceu de um plano maluco: conhecer Berlim, Praga, Viena e Budapeste, 4 capitais, em 5 dias! Como a galera que eu viajo ja havia conhecido a maioria, vi nessa loucura a chance d conhecer esses lugares com uma companhia maneira, e topei.
Viajavamos de madrugada/manhã e aproveitavamos o dia inteiro para conhecer as cidades, e a noite para conhecer os bares e boates (ou pelo menos esse era o plano...), com exceção de Berlim, que por ser Berlim, ganhou um dia extra... A viagem era tão louca que em Praga nao tínhamos nem albergue, chegamos, deixamos a malas no locker da rodoviária, andamos o dia inteiro, fomos pra famosa boate de 5 andares e de lá cambaleamos de volta até a rodoviária...

Pouca pessoas eu faria um viagem dessa. É preciso muita confiança mútua, flexibilidade e disposição, e as ideias têm que estar bem alinhadas, mas o Thiago foi sem dúvida uma escolha certa.
Não tinha tempo ruim, economizava quando precisava, e largava a grana quando dava! Me fazia rir o tempo todo, dividia sempre as responsabilidades, o peso, as contas e as fotos. Pra falar a verdade, só posso apontar 2 "defeitos" nele: a humildade monstra, ou seja, as vezes eu tinha que brigar com ele pra gente fazer o que ele quisesse também (e se perguntassem pra ele se a Comida tava boa, ele sempre respondia o mesmo: obrigado, muito obrigado, estava perfeito!!! - Até mesmo quando tava uma porcaria hahahahha; e a "generosidade" com as coisas dele, uma vez que conseguiu deixar cair em cada capital um pedaço de roupa! Luva dele em Berlim, aquecedor de pescoço em Praga, protetor de ouvidos em Viena e minha luva em Budapeste! E o pior é que a gente sempre voltava procurando e tava lá (ó Europa...) hahahaha.
Enfim, me despedi dele agora e ja estou com saudades! O pior é que antes de encontrar comigo esse maluco fez Rio-NY-Paris e depois daqui vai fazer Lausanne-Genebra-Zermatt-Copenhagen-Paris-Fort Lauderdale (!)-Tampa Bay(!!!)-Rio... Doido! Haja cueca!
Pra finalizar, uma frases clássicas que eu ouvi dele na viagem:

"Cuidado que o que para carro é pé no freio, nao pé na faixa!" sobre atravessar n faixa sem sinal.

"A gente é vagabundo criado pela sociedade, perto da gente esses viciados europeus são donzelas!" sobre uns malucos mal encarados nos observando na estação de Praga.

"Loirinha bonitinha desse jeito andando numa rua escura e deserta dessa, ja tinha meia dúzia de cadeirudo se estapeando atrás!" sobre uma loirinha bonitinha andando numa rua escura e deserta.

"Também, se entope de salsicha e batata, fica fácil encher os cornos de cerveja... Até eu!" sobre a culinária alemã.

"Jesus, olha a lente do japonês!"

"3.000 mingaus!? Esse barraqueiro tá chapado!" sobre o preço do imã de geladeira em Budapeste...
Pq pra ele tudo que é moeda é mingau, souvenir é suvinil (maldade...)...

Enfim, desejo sucesso aê e quando eu voltar pro Brasil vamos tomar umas cervejas e lembrar dessa aventura! Abs galeres!

Obs: se virem algo estranho no texto aee foi o meu corretor automático. Ainda pouco ele trocou "vinda" por "bunda" e me causou um problemão...

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Historinhas de viagem 4

Contribuiçao do meu companheiro de viagem, Thiago carnavale:
"Apos um dia inteiro andando em Berlim com o gorro na cabeça, o meu cabelo ja nao estava mais uma graça, quando, dentro da H&M fui abordado por uma senhorita bastante estranha, falando um alemao bastante carregado. Como, ao contrário do meu amigo Lucas, eu nao falo nada de alemao, sai pela tangente com o famoso ...  "sorry, I don't speak german" e tal mulher falou que nao tinha problema, que ela falava ingles. A partir de entqo a conversa seguiu em ingles e a primeira coisa que ela me perguntou foi: o que voce vai fazer hoje de noite? Respondi que voltaria para o hostel para dormir pq no dia seguinte eu e o Lucas pegariamos o trem para Praga bem cedo. Em seguida ela me disse o que queria. Na verdade ela era cabeleireira e ao olhar para o meu cabelo se ofereceu para cortar o mesmo porque a coisa estava feia no meu ninho de mafagafinhos!
Tentando ser educado, mesmo com ela me dizendo que o meu cabelo estava uma M, falei que nao seria possvel pois o meu cabelo estava sujo e eu nao teria tempo para voltar e cortar...; entao ela me rebateu com..&ndxa que eu lavo p você!!!
Ou seja, embora eu estivesse tentado a cortar eu pensei com os meus botoes: sera que essa louca que me abordou sabe fazer isso?! RS
Moral da historia.. Eu só atraio gente louca.. como diria a Natalia, minha namorada!"

Obs: Fui deixar a navegação pelos metrôs de Viena com o Thiago hoje... Tavamos num trem:
T: temos que trocar de linha...
Eu: ok.
Desembarcamos na estação.
Eu: pegamos qual agora?
T: a linha u4
Eu: porra, o u4 era esse que a gente tava!
T: vish...

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Historinhas de viagem 3

Cheguei em Manchester la pras 20:30, e fui informado que eu so tinha mais um onibus ate o centro... Quando eu e toda a galera do voo chegou no ponto fomos agraciados com noticia de que aquele onibus nao sairia mais e que deveriamos pegar um taxi (la se vai meu orçamento...). Me organizei com mais 5 jovens que estavam por la e rachamos um taxi com o motorista mais grosseiro que eu ja peguei na face d terra.
O cara so saiu quando adiantamos pra ele mais ou menos quanto daria a corrida, e quando perguntavamos onde estavamos, ele nos respondia "Manchester".
Cheguei no albergue, deixei a mala no locker, bati um papo com um coreano chamado "you", e sai pra dar uma volta.
Obs: o papo com o you foi bom, mas.demorou pra engatar pq eu perguntava o nome dele, ele dizia "you", eu dizia o meu nome e perguntava o nome dele de novo. Na 5a vez ele achou relevante formular a frase "eu me chamo you".
Sai do albergue com a roupa que estava: calça jeans, camisa quadriculada, tenis de mochileiro e um casaco com o dobro do meu tamanho (casaco Ryanair, veio com 4 kg nos bolsos...)
Como era 2a, achei que um pub seria uma vo pedida, ja que a night seria fraca... Porran... Cheguei na esquina das boates e era tanta mulher esvoaçante de vestidinho micro que eu ate me arrependi de nao ter trocado de roupa. Pra resumir, fui barrado em todos os lugaresque tentei entrar, e, após atravessar a cidade para ir num pub que um amigo havia indicado e descobrir que ele estava fechado, me resignei e tomei o caminho de casa, umas 23hrs... Quando estava chegando passo por uma escada com uma plaquinha escrito KARAOKE BAR. Como nao tinha nada a perder, e a musica estava tocando pra la em cima, resolvi dar um conferida. O bar estava lotado, cheio de gente louca, logo que eu entro m sobe um velhinho e canta "twist and shout" e ao invés de adotar aquela postura "ai que saco" que nos no Brasil tomariamos, a casa vai abaixo! Muita gente boa também subiu no palco, e conheci várias galeras doidas, ja que estava sozinho... Teve uma garota ate que tirou uma foto da calcinha e me mostrou, mas era so uma pegadinha porque o visor da camera estava quebrado...
Pra finalizar, fui sair as 4 da manha do bar, bem alegrinho, e acabei acordando 10 minutos antes d hora do check-out... Ms com uma bela primeira impressão do Reino Unido!

Obs: a falta de acentos se deve ao fato de que estou postando do celular...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Historinhas de viagem 2

Estou pasando 5 dias em Milão, recarregando as energias perdidas na primeira parte da viagem pelo Reino Unido para poder enfrentar a loucura que vai ser Berlim-Praga-Viena-Budapeste em 5 dias. A casa onde eu estou hospedado, moradia da minha querida amiga Fabiana, não fica exatamente no centro de Milão, mas sim em uma cidadezinha perto chamada Melegnano, ou seja, daqui até a Duomo (centro) preciso pegar um bus e um metrô... Nada demais, mas impossível de ir a pé.
Ontem passei o dia passeando pelo centro de Milão com um casal de amigos que não via desde que saí do Brasil e o no fim da tarde decidimos entrar em um café pra ficar batendo papo. Papo vai, papo vem, pá, 22:30 da noite!
O metrô funcionaria até mais tarde, mas infelizmente o ônibus não seguiria o mesmo caminho... Meu celular estava com a bateria no 1%, não tava conseguindo falar com a Fabiana e descobri que eu não tinha o endereço da casa (nem sabia chegar, já que sempre andava a dormir quando estávamos de carro)
Cheguei na estação que tinha que descer, procurei por potenciais caronas no entorno (mas fui trollado pelo meu visual mendigo com barba, cabelo grande e casaco 2 vezes maior do que eu, maldita vida de mochileiro...), e acabei conseguindo o número de um taxi. Nos últimos momentos do celular consegui avisar por facebook a minha anfitriã que eu estava bem e a caminho, mas não quis que ela viesse me buscar pois já estava tarde, ela trabalharia no dia seguinte e eu já estava abusando da boa vontade dela!
Chamei um taxi, que, logo que eu entrei mandou um clássico "My english is small", e pedi com sinais e com o portuliano "IL CENTRO DI MELEGNANO!!!" (italiano é só colocar o IL na frente...) para o cara me largar no centro da cidadezinha. Depois de 27 euros (e um caminho que eu tenho certeza que não é o que a Fabiana sempre toma pra estação...), o cara me largou em um centro de Melegnano sem uma alma penada (o que era até bom, porque eu ia perguntar o que pra uma pessoa? se a pessoa viu um prédio com portas e janelas?), e eu nao sabia qual das quatro direçôes eu tomava.
Parti do seguinte princípio: a cidade é pequena. se eu andar por ela, ALGUMA HORA vou encontrar a casa! Comecei a andar pelas ruas, escolhendo aleatoriamente o caminho (esquerda, direita, direita, esquerda, direita...). Como qualquer um pode imaginar ao olhar o mapa abaixo, essa estratégia poderia durar "algumas horas", certo?


ERRADO!

Em menos de 15 minutos, estava eu atravessando a soleira da porta. Foi como se eu soubesse o caminho o tempo todo pois, aleatoriamente, tomei o melhor trajeto possível que alguém a pé (note que até aí estava sempre de carro!) deveria tomar para chegar ao lugar!

Cheguei mais uma vez à seguinte conclusão: eu sempre dou azar no meio, mas sempre dou sorte no final!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Historinhas de viagem 1

Primeiramente, gostaria de pedir desculpas aos meus 4 leitores (uma das minhas avós nao tem internet...) pela demora nas postagens. A viagem de ski pra Áustria juntou com o meu aniversario, com a ceia de Natal e com a minha viagem de fim de ano... Como resultado, nao.sobrou tempo nem pra lavar roupa e u viajei com um monte de roupa suja na mala mesmo, pra lavar no meio d viagem...
Como eu nao aguento mais ficar sem postar nada, e acabo ficando com tempo enquanto espero nos aeroportos (estou no gatwick e meu avião sai em 6 horas), resolvi montar esse esquema de pequenas historias, postadas via celular, sem muita ordem definida, somente até eu voltar pra casa e o blog finalmente retornar a programaçao normal.
Um exemplo foi hoje, aqui em Londres. É sabido que as coisas por aqui são bem caras... E ainda sao em pounds, com cambio desfavorável para o euro. Enfim...
Estava andando com uns amigos logo antes de pegar o onibus para o aeroporto e decidimos entrar num mercadinho e comprar algo pra comer naquela hora e, ja que ambos iríamos embora no dia seguinte de manhã, resolvemos nos alimentar.
Encontrei uma sessão chamada "last minute sale", onde produtos de até 3 euros (salgados, sanduíches, etc...) estavam todos por 0,99. Dei uma olhada, identifiquei um potão de macarrao estilo spoletto, com a data d fabricação marotamente encoberta pelo adesivo da promo, e paguei junto com uma garrafa d'água.
O plano era geral comprar e ir comer num praça bonita que tinha por lá;
Pois bem, perguntei pro Manolo turco do caixa se ele poderia me dar talher e guardanapos, e ele falou que eu tinha que pegar num cestinha, cheia de paezinhos. Como o cara tava meio distraído, pensei: vou fazer a festa! Peguei o que precisava, enchi o saco de paezinhos e fui andando até a praça, uns 15 minutos da loja. Sentei na praça (trafalgar square) e quando estava me preparando pra bater o rango... Vi que tinha esquecido os talheres. PRA COMER MACARRÃO!!!<br>
Como voltar todo o caminho estava fora de cogitaçao, fui tentando me arranjar com os paezinhos como colheres, o que nao deu muito certo porque cada vez que eu distraía, eu dava uma mordida no pão e perdia metade da minha colher... Por fim, ainda começou a chover, logo abandonei a janta pela metade (metade Sem molho, que estava todo na primeira parte pra enganar os trouxas!)... Somando tudo isso com o meu casaco muito maior que eu, meu gorro descombinando, e a minha "cara de russo", mendigo mode on!

Obs: perdão pela falta de acentos, estava dando muito erro na hora de postar pelo celular...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Acordaê, rapá... Oww, acordaê! (Lagos e Lisboa!)

Continuando de onde eu parei (daqui) e utilizando um modo acelerado, já que as derrotas têm acontecido em um ritmo mais intenso do que as postagens.

6a feira: Lagos!

Como eu havia dito, no dia seguinte à Sintra, fomos de ônibus para Lagos, já que a previsão do tempo estava mais do que perfeita para curtir uma orla, e tanto o meu amigo Vito quanto o Luiz (manolo que que eu havia conhecido no jantar do dia anterior) ainda não haviam ido. Para resumir, Lagos é basicamente uma costa rochosa e escarpada, cujo processo de erosão resultou em várias grutas e pequenas praias com visuais incríveis. Fomos com a indicação de fazer um passeio de barco pelas grutas, mas chegando lá fui avisado por um pescador que o mar estava muito agitado para andar entre as pedras.

Resolvemos procurar o ponto de informação turística, começando pelo que parecia ser o centro da cidadezinha, mas segundo um mapa que encontramos na praça, teríamos que atravessar a cidade! Confirmamos com um policial que andava por ali, e entramos em um táxi para que ele nos levasse ao dito cujo. Entretanto, quando dissemos que queríamos ir ao "InfoPoint" de Lagos, ele falou que a gente estava há 20 metros dele! Agradecemos pela honestidade e fomos no prédio onde ele havia dito que ficava o centro, e descobrimos que, aparentemente, para os portugueses um centro de informação turística tem que ser DISCRETO. Sem indicação nos mapas e nem letreiros pra chamar atenção! Pra provar que eu não to mentindo:


Pra não enrolar muito, posso dizer que nesse dia vi paisagens incríveis, andei descalço na praia, molhei o pé no mar e peguei sol até ele se por. As grutas e as paisagens da costa são diferentes de tudo que eu já tinha visto, mas ao mesmo tempo as praias, o sol e a natureza trouxeram uma sensação de lar e bem estar, quebrando um pouco o cinzento clima que Stuttgart havia entrado há alguns dias. Como não conseguimos o passeio de barco, resolvemos fazer uma trilha pela costa toda, o que eu tenho certeza que foi melhor do que qualquer passeio de barco. Encontramos um simpático casal de velhinhos holandeses que indicaram outros lugares por ali, e até tivemos a sorte de "esbarrar" em um desses coroas nudistas em uma das praias. Fica aqui um aviso para todos que querem frequentar uma zona nudista: fique preparado pra ver um monte de velho de saco murcho, por que as gatinhas das revistas, bem... essas aí só existem nas revistas (ou pra quem tem Batista no sobrenome!). Por do sol, ônibus pra casa e dormir que dia seguinte era Lisboa em um dia (não tentem isso em casa, crianças!)

Sábado: Lisboa!

Não vou descrever o dia inteiro, porque seria meio chato e eu fiz tudo que todo turista que vai a Lisboa faz (praças, estátuas, castelos, vistas, monumentos, torres, etc.). Vou só pontuar algumas situações que acontecem só comigo!

Praça do Comércio e as Drogas: Se você acha que em Amsterdã é explanado, experimente ir na Praça do Comércio de Lisboa: é mais fácil conseguir maconha lá do que ingresso pro jogo de futebol com cambista em dia de promoção da nestlé. O negócio é extremamente explanado, com os caras com a pior pinta possível te oferecendo de 5 em 5 minutos maconha... Andei com a mão no bolso da carteira o tempo todo. Mas o lugar é belo!



Churrascaria: Eu deixava de ir na Torre de Belém, mas não perderia um almoço em uma churrascaria por 10 euros! Quase chorei quando o rapazote cortou um pedação de picanha mal passada no meu prato, pra fazer companhia pra farofa, arroz, feijão e vinagrete! Nem comi batata pro meu estômago não achar que era Alemanha. Infelizmente saímos (eu e o Vito, que deus o abençoe pela idéia da churrascaria) de lá nos arrastando, e ainda íamos andar pra caramba, mas valeu a pena!



Mãe protetora: Estava eu tirando foto de um monumento, sem perceber que uma mãe estava sentada com a filha tomando sorvete no pé do negócio. Depois de tirar umas 3 fotos, a mãe, visivelmente incomodada e achando que eu era o novo pedófilo do pedaço, se posiciona exatamente entre a câmera e a filha! Fiquei com medo de dar B.O. e me mandei...



Pastelzinho de Belém: Não satisfeitos com a churrascaria e com um sorvete (melhor - e mais caro - sorvete de Lisboa, segundo o meu "guia"...), deixamos para o mesmo dia pra comer o famoso pastelzinho de Belém. Para não estragar a surpresa, não havia comido até esse dia, e valeu bastante à pena a espera! Cada um pediu 3 (eu queria 2, mas o Vito desafiou...), mas quando eu lembrei de tirar foto só tinha um pedaço do último hahahahaha. E demos prejuízo foi no copo d'água (4 cada um), mas cara, depois de churrascaria e doce, não tem água que mate a sede! Tenho certeza que a partir do 3o que pedimos, veio cuspido...



Jogo de Futebol: Vimos o Derby Benfica x Sporting Lisboa, meu primeiro jogo aqui na Europa. Mais pra frente falo com calma da minha impressão futebolística daqui, mas os caras sabem fazer uma festa! Até treinaram uma águia (mascote do Benfica) para sobrevoar o estádio em dias de jogos importantes! That's entertainment!



Bebum no metrô: Indo pro estádio, encontramos um flamenguista (claro) com cara de maluco, que veio puxar papo com a gente. Só falando besteira, o manolo deixa escapar que a garrafinha de ice tea que ele tá segurando tá batizada com "whiskey misturado com whiskey"... Soltamos um migué de que íamos ver um ponto turístico antes e saímos do vagão, para entrar logo no de trás. O plano era saltar uma estação antes e ir andando pra não encontrar o cana brava, mas quando estávamos subindo as escadas, olha quem aparece! Nos escondemos que nem criancinhas brincando de pique, mas como a lei de Murphy é sensacional, ainda encontramos ele em 3 lugares diferentes do estágio! Sorte que ele não nos viu....

Bebum no metrô 2: Fim de jogo, casa pra dormir porque no dia seguinte era bus pra Porto, avião pra Karsruhe, e trem pra Stuttgart. Peguei o metrô de manhã e me deparei com um cara cochilando perto de mim. Estaria tudo sossegado se o manolo não resolvesse deixar cair a carteira cair! Chamei ele, nada. Cutuquei ele, nada. Chacoalhei ele, nada. Dei uns tapinhas na cara dele, nada. Por fim, peguei a carteira e enfiei na mão do cidadão. E como sou meio babaca, tirei uma foto! Eu sou ou não sou abençoado com essas figuras?


Semana que vem eu fecho Portugal com o resto da volta, e começamos de novo o Oktoberfest! Agora partiu  viagem de quatro dias pra Áustria, cujo roteiro é: Festa, Esquiar, Festa, Esquiar, Festa e Esquiar.

Até semana que vem e fiquem ligados, porque a rotina de derrotas vai voltar a ficar intensa!